quinta-feira, 14 de abril de 2011

Aula 01

Todas as quintas-feiras são fortes. Elas pedem muito de mim no quesito corpo e esforço, por isso muitas vezes me sinto um pouco estafada só de pensar que a quinta-feira chegou. Então, em primeiro lugar me preparo mentalmente pra “batalha” do dia de quinta. Procuro dormir o máximo que posso no dia anterior, pra me sentir preparada fisicamente. O grande problema é que nunca fui muito boa em esforços físicos. Antes do teatro, procurava me afastar de certa forma, mesmo tentando usufruir formas diferenciadas de práticas físicas, como a ginástica rítmica, a ginástica olímpica, o basquete e, claro, como toda criança, a natação.

Faço aula de práticas corporais no Curso Técnico em Ator e na Licenciatura Plena em Teatro. Não tem como um não influenciar no outro, por isso preciso comentar aqui. Antes de ambas as aulas começarem, meu corpo estava acostumado a um ritmo parado, quieto. Posso dizer com todas as letras que eu não estava nem um pouco preparada. Então, logo que as aulas começaram já pude sentir a diferença. Com o passar dos dias, meu corpo respondia melhor aos exercícios e começava a se habituar ao esforço que cada um requer. Uma diferença é a minha abertura das pernas: esse é um limite que sempre quis ultrapassar, porém, sempre parava no meio dos processos. Agora já sinto que a minha abertura está expandindo cada vez mais. Sinto as dores localizadas, mas é como um aviso de que aquele lugar está sendo bem trabalhado.

Na quinta-feira passada, dia 07, a aula foi na sala de corpo. Não sei se é uma percepção só minha, mas as aulas são mais quentes naquela sala. O vento não chega em quase nenhum momento e o suor é mais evidente. Me sinto em uma sauna ao ar livre, se é que isso tem algum sentido. Não que seja algo negativo, é só uma característica. Não sou uma pessoa que sua muito, então estranhava no começo, pois nunca suei tanto tão facilmente.

Bom, quanto aos exercícios, um deles me deixou bastante agoniada: aquele em que levantamos as pernas para depois abaixá-las, mas sem tocar no chão, para então, levantá-las de novo e assim sucessivamente. Aquilo me lembrou claramente das minhas aulas de educação física na época do colégio, das quais eu fugia. Mas hoje em dia trabalho muito a força de vontade. Parecia uma eternidade. Outro era o exercício em que tentávamos virar de ponta cabeça. Não consegui dessa vez. E nem em outras. Esse dia não foi muito útil pra esses exercícios, pelo menos pra mim.

Logo após, foi o momento dos samurais. Todos precisavam estar em sua base, porém, com uma partitura corporal diferenciada, que lembrasse um samurai. Joelhos um pouco flexionados e quadril encaixado. Os passos eram lentos e diferentes dos rotineiros, esse era o comando. Depois, jogamos e recebemos uma bola que era arremessada por todos, que permaneciam com o foco no olhar. A idéia era perceber o seu redor através da vista panorâmica, sem se retirar do foco. Depois, continuamos arremessando a bola, só que dessa vez era imaginária.

Pra finalizar a aula, o professor Edson nos explicou mais um pouco de Hatha Ioga e nos passou o comando do Diário de Bordo, que começo aqui. Terminei a aula cansada, mas não de forma negativa. Nesta aula, já posso dizer que estava mentalmente preparada e quase que preparada fisicamente. Ao passar das aulas, me sinto cada vez mais preparada e focada, apesar do ocorrido no dia 14, mas isso será comentado em outro texto.

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